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NOEMI INDAMI TORNOU-SE “BIDERA” EM CABO-VERDE PARA AJUDAR O MARIDO E SONHA UM DIA LICENCIAR-SE & ABRIR UM CAFÉ

Noemi Vassar Indami foi trazida pelo marido a Cabo Verde desde 2006, casou-se e tornou-se mãe de duas filhas , uma biológica e outra adotada de 27 anos.


Durante a nossa entrevista no programa Nobaluris em Cabo Verde Noemi relata que o marido é mestre de obra e que num certo dia pediu para o mesmo, que a permitisse trabalhar de forma a contribuir com as despesas de casa.

Em 2007 começou a vender fresquinha nos arredores de Cidadela, um dos bairro da Cidade da Praia em Cabo Verde.

Segundo explica corria vários riscos de ser atacada todos os dias pelos assaltantes do bairro e chegou até a ser socorrida pelos trabalhadores .


Noemi relembrou a sua falecida mãe que foi uma grande vendedora ambulante (bidera / rabidante ) na Guiné Bissau e, lamenta que se sua mãe estivesse viva até os tempos de hoje as suas condições de vida seriam melhores.


Para além de vender fresquinhas ela, também faz alguns serviços de curta duração para sustentar a família visto que atualmente o marido não se encontra bem de saúde.

Em 2019 iniciou as vendas de comidas tais como: doces e salgados, sumos naturais tradicionais da Guiné-Bissau como calabaceira e outros.

Infelizmente no mesmo ano, começou a sentir problemas de saúde e sofreu uma queda da qual começou a sentir dificuldades para andar longas distâncias.

Senhora Indami reportou durante a nossa conversa que, num certo dia foi avistada por alguns trabalhadores que sugeriram que começasse a vender comidas para eles durante o trabalho nas obras.

Desde então em 2020, começou a vender refeições completas na localidade de Palmarejo Baixo, até aos dias de hoje, Vassar afirmou que está a pensar em fazer cafés no mesmo local para os trabalhadores.


Noemi Vassar Indami tem o sonho de ter o seu próprio espaço de negócios e encoraja a todas as mulheres guineenses em Cabo-Verde a fazerem sempre pelos maridos e famílias bem como ajudar pessoas próximas.


Na mesma linha expressa-se de forma feliz por ser vista pelos familiares mesmo de longe através das redes de comunicação e por ter recebido a notícia de que foi vista de mala á cabeça, contudo reitera que está nessas condições porque ainda não tem outra solução, apesar de algumas barreiras sentidas ainda no país de migração.

Questionada se sente-se acolhida e bem tratada no país irmão, Cabo VerdeNoemi respondeu que não.

Bem tratada não, se eu te disser que sim estarei a mentir. Uma pessoa que sai do seu país para ser maltratada num país que não é seu, tu sabes …

Desabafou Noemi.


O sonho de Vassar é de voltar um dia à sua terra natal, Guiné-Bissau e de trabalhar no sector da agricultura, contudo afirma que já não está disposta a emigrar para nenhum outro país e caso aconteça será apenas para pregar a palavra de Deus.

Escrito por: Helena Ramos

Video: JMF

Edição: Stella Iala




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