Aconteceu ontem (16) no Centro Cultural Franco Bissau Guineense, em Bissau a exposição “Valor Invisível.”
“O Valor Invisível” é nome da exposição composta por fotografias de Ricci Shryock dos Estados Unidos e pintadas por Young Nuno da Guiné-Bissau ,uma exposição que retrata a floresta sagrada da Guiné-Bissau.

Por toda a Guiné-Bissau homens e mulheres guardam florestas e ilhas que dizem ser locais sagrados, onde a natureza deve ser preservada a todo custo.
Os guardiões das florestas sagradas descrevem estes espaços como tendo um valor que não pode ser medido em termos monetários , hectares de madeira ou quilómetros de rio.
A sua forma de ver estes espaços ensina-nos que o valor de algo só é determinado com base na forma como decidimos medi-lo. E podemos reimaginar esta unidade de medida para incluir algo que preserve a natureza.
O artista Young Nuno pintou cenas surreais nas fotografias de Ricc Shryock destes espaços e dos seus guardiões para criar cenas que são simultaneamente reais e imaginárias.
Estas imagens de arte mistas sublinham que, por vezes, é a nossa capacidade de ver mais além do que aquilo que está à nossa frente. De imaginar o que não podemos ver – que nos define.
Para Young Nuno o Mato Sagrado tem uma importância espiritual pois várias pessoas vão às florestas pedir proteção.
Já para a jornalista e fotógrafa americana Ricci, a ideia surgiu ao estar a fotografar as florestas da Guiné-Bissau e após conversar com uma “balobera” conseguiu perceber a importância do mato sagrado para o povo guineense e assim concluiu que o mato sagrado tem “um valor invisível.”
O evento contou com a presença de várias personalidades da Guiné-Bissau tais como: Flora Gomes, Paulo Gomes, Conduto de Pina, Miguel de Barros, Mú Mbana entre outros.
Entre nova e velha geração no leque de convidados o evento também contou com a presença do diretor da Nobalur Vensam Iala e do representante da Nobalur em Bissau Jonas Fernandes.




& Miguel de Barros
Imagens: Vensam Iala
Escrito por: Stella Iala

